Vamos dançar

Acho que esse blog merece um último post digno.

Para tal, reuni vídeos de várias danças do mundo todo. Coloquem sua melhor roupa e venham! Vamos viajar dançando!

Danças Powwow, dos Nativos Norte Americanos.

Hula, do Havaí.

Forró, do Brasil ❤

Lindy Hop, dos Estados Unidos.

Jarabe Tapatio, do México.

Chacarera, da Argentina.
Salsa, de Cuba.

Zaouli, da Costa do Marfim.

Bongo Fleva, da Tanzânia.
Indlamu, das tribos Zulu e Ndebele.

Sarba, da Romênia.

Beryozka, da Rússia.

Kebyar Duduk, de Bali.

Bharatanatyam, da Índia.

Nihon Buyô, do Japão.

Percebem como se mexer é universal? Como muitas culturas são mistura de outras, como são similares mesmo em outros continentes; muitas utilizam o próprio dançarino como som, como voz, parte essencial da música. É isso! Dança é feito de gente! E gente de todos os tipos, formas e tamanhos.

Espero do fundo do meu coração que todos nós tenhamos uma vida repleta de movimento. Dançar enche coração e alma; transbordemos! ❤ Fiquem à vontade para compartilharem mais danças nos comentários (mas um de cada vez para não ir para o spam)!

Adeus,

Cyndi

10 anos de blog!

uau! estou aqui há uma década!

sim, nesses últimos anos meio capenga, mas ainda estou aqui. já pensei em apagar, me despedir e parar de vez… só que ter um lugar pra desabafar e compartilhar é, digamos, aconchegante.

Legal saber que meus posts (e de meus convidados) ainda são lidos e ajudam/divertem as pessoas! Agora que eu tenho menos a falar sobre ballet, já que não me misturo mais -heheheh-, parece que é só isso mesmo, o passado.

mas!

dia desses eu tive uma ideia pra um novo post. sei lá se vai agradar meu público (oi, Sarah e Cássia), mas é o que me interessa agora. eu mudei de ritmo, o assunto muda também, heheheh.

não posso prometer mais posts e mais certezas. o bloguito mora no meu corazon, ele entende. espero que vocês também ❤

Bailei

Em janeiro desse ano, fui a Buenos Aires. Fiquei uma semana lá. Foi uma das melhores viagens que fiz, conheci pessoas incríveis e chorei na hora da volta. Eeee dancei tango por lá.

MININAS!!!!

Eu tive três experiências com a dança na Argentina. A primeira foi bem diferente, a segunda foi como espectadora, e a terceira foi um negócio maravilhoso que nem conto!!

mentira, conto sim! Chega mais:

Eu comprei ingresso para um show de tango todo chique que tinha uma aula cortesia antes. Fiquei toda empolgada achando que ia ser o maaaaáximo, um monte de entusiasta junto só daria bom.

Não deu muito não.

Tinha muito mais (!!!) mulher que homem na aula. E os homens tinham dois pés esquerdos. O professor perguntou se alguma mulher queria aprender a parte do condutor, e eu topei! Achei que seria diferente!

Já isso foi mesmo, bem legal. Aprendi uns passinhos! Mas fico contentíssima de não ter que ser condutora nas minhas aulas aqui, ahaha!

E essa foi a primeira. A segunda veio logo em seguida, no show.

hm-hm. *limpa garganta

Faz tempo que eu reclamo aqui do ballet de ultimamente… muito acrobático, circense, malabarista… e eu achei o show de tango exatamente isso. Começou bem teatral, com uma história, personagens, e do meio pra frente virou acrobático. Então, do meio pro fim eu já tava meio meh.

Não se enganem, eu acho impressionante!! Mas não é isso que me emociona.

Teve uma parte muito energizante: era uma dança com cordas e bolas nas pontas, chamada Boleado, e os bailarinos giravam e batiam as cordas no chão, criando o próprio ritmo, a própria música.

A terceira foi uma Milonga. Milonga é uma dança que lembra muito o tango, mas é mais rapidinha, mais ritmada e com menos espaços para o drama todo do tango, hehe, e também é o nome dos bailes de tango tradicionalíssimos na Argentina. Que tocam tango e milonga também. ai que confuso q

Pois bem! Essa milonga foi a melhor experiência que tive por lá. Tava há um mês sem aulas, sendo que não faço há tanto tempo assim, mas fui cara & coragem.

Houve uma aula cortesia antes, mas cheguei no fim (olha…….. sem comentários). Parece que a milonga que eu escolhi era frequentada por gente mais profissional. Um monte de professores, de gente que dança há mais tempo do que eu estou viva, e eles dançavam muito entre si. Alguns corajosos convidavam a estrangeira aqui pra dançar. Acho que dancei umas sete, oito vezes.

(Durante uma tour que fiz, o guia disse que, nas milongas, dança-se três músicas com o parceiro e depois volta pro lugar que estava. No primeiro que chamou, a bonita aqui esqueceu a regra e voltou pra cadeira assim que a música acabou. Minha amiga comentou comigo e eu fui, rabinho entre as pernas, me desculpar com o senhor. Daí a gente aproveitou e dançou as três certinho! Hahah)

VOCES PODEM NAO ACREDITAR MAS TOCOU UM FORRÓ TAMBEM!! Chamei minha amiga, ensinei um passinho rapidão, e dançamos!

Havia um casal fofíssimo do nosso lado. Eles devem estar na casa dos oitenta, mas a coisa mais graciosa era os dois dançando. Conversamos um pouco e o senhor me fez o melhor elogio: disse que eu transmito muita alegria dançando ❤ eu nem sei como que eu não tava flutuando naquela hora.

Teve vez também que ninguém me chamava pra dançar, mas era uma música que eu gosto, então lá ia eu sozinha dançar. Tava nem aí! Meus amigos ficavam me olhando e rindo, eu felizona, e, às vezes, alguém ficava com dó ou sei lá e vinha dançar comigo.

Uma dos corajosos foi a professora da aula cortesia. Ela comentou “nossa, como você aprende rápido” AHAHAHAHAH e eu não tive coragem de dizer que fazia aulas! Pode julgar, tá liberado: a leonina quis ser elogiada sim! AHahah!

aaah!

No final do baile (já devia ser duas da manhã), os que sobraram dançaram duas outras danças típicas da Argentina: Chacarera e Zamba. Foi belíssimo! Eles dançando e nós, três estrangeiros, completamente maravilhados! Eu conversei, depois, com um dos que dançaram nessa parte, e ele me disse que, na tradição, a primeira é a hora de se conhecerem, e a segunda é a hora da conquista. Todos sabiam o que fazer e todos haviam levado os lencinhos!

Vocês podem perceber que eu gostei mesmo dessa milonga porque eu fiquei até quase 3 da manhã lá. Nunca isso havia acontecido antes. Infelizmente, eu só consegui ir no meu último dia de viagem, e ainda bem que consegui!, se não, teria perdido uma experiência incrível que jamais esquecerei.

Pra finalizar: as milongas são muito mais gente-real-pé-no-chão do que os shows fechados. Lá, me emocionei de verdade. Há milongas gratuitas e para iniciantes, há os artistas dançando na rua, há tango tocando nos restaurantes… uma imersão deliciosa.

Recomendo muito.

Quem for, me leva na mala! Nunca te pedi nada

Ter feito ballet me ajudou em outras danças?

Sim e não.

(focarei na diferença com o tango, que estudo há mais tempo, e um breve comentário com as outras danças que faço)

Eu ainda tenho muitos “vícios” por causa do ballet e eles ficaram bem evidentes nas aulas de tango, principalmente no início. Certos hábitos me perseguem e é uma luta toda aula, RISOS.

Mas, claro, me ajudou imensamente como uma atividade que envolve muita consciência corporal, além de estar acostumada a pegar sequências e aprender passos observando primeiro e tentando depois.

Pooooooorém, a maior diferença entre os dois é: no tango, você é totalmente dependente do seu parceiro de dança, e, no ballet, você faz tudo sozinha (menos nas aulas de pas de deux, mas mesmo assim não é a mesma coisa)

Minha filha, é uó passar de um pra outro.

Primeiro, no ballet você não improvisa. Raro raro raro. O/a prof passa a sequência, ou coreografia, e você sabe o que acontece antes e depois de cada passo.

Já no tango, mesmo que você tenha uma sequência a fazer, você TEM que esperar os comandos do seu parceiro. É no ritmo dele.

Outro ponto é o posicionamento do corpo. A gente passa um tempão pra pegar a postura que o ballet exige, totalmente centrada, equilibrada, posicionada perfeitamente sobre os pés.

No tango, seu peso fica apoiado no parceiro, e o dele no seu. E dançando juntinho é pior, tem que ficar muito “inclinada” nele. Essa é minha maior dificuldade.

Ballet também me ajudou com o en dehors. Tango é um pouquinho en dehors, e tem uns movimentos parecidos (a gente faz cada rond de jambe, haha). A consciência e o trabalho dos pés é oooutra coisa por causa do ballet também.

Agora, joelhos.

Eu sempre tive muito problema com joelhos. Tenho tendões fracos e sinto dor nessa área. Quando comecei no ballet, eu choraaaaava em alguns exercícios, minha patela queimava. Com o passar dos anos, fortaleci o interno de coxa, o que ajudou, mas os joelhos ainda pareciam estar sempre dobrados, e eu não aguentava fazer muita força pra esticar. Cabô que eu acostumei a sempre tentar esticar.

No tango, ai ai, o joelho é mais relaxado, digamos, e eu fico lá igual uma TAUBA fazendo tudo com o joelho retinho, ou sempre esticando totalmente após uma leve dobrada.

Ah, e também é mais fácil lembrar de pisar primeiro com a ponta do pé, levemente en dehors, e depois com o saltinho, se você ficou anos no ballet fazendo isso, hahah!

Mas não ajudou nada com a noção de que tendus e degagés são feitos na “linha do meio” do corpo, enquanto os passos do tango são retos com as linhas do quadril.

Falando em quadril……………….. eu já não era das mais soltinhas, ballet me deixou ainda mais QUADRADA!!! Acho muito difícil rebolar, empinar, desencaixar, praticamente tudo que eu preciso fazer nas outras danças (samba de gafieira, bolero, rockabilly, às vezes forró e às vezes uns ritmos latinos aí) e eu sofro real. É sério!

Também não sei ser sensual (q q eu me meti no tango então, hein?!), mas isso eu já aceitei que não vai mudar, heheh. Sou é fofa mesmo e esse é meu destino.

E isso não é tudo, mas foi o que consegui juntar aqui ao vivão.

Vou ver se crio coragem e publico aqui uns trechinhos de vídeos meus.

Vocês tem experiências com outras danças? Será que tem alguém aqui que fez o caminho inverso, do salão pro ballet? Conta pra gente!

 

 

Uma bailarina no tango

o post que estou enrolando desde Maio!

Enfim, é isso mesmo: estou fazendo aulas de Tango!

Vamos do começo: eu sempre gostei de danças de salão (bem, algumas), mas também sempre tive problemas de timidez e pra encostar em outra pessoa. Mas, ballet vai, ballet vem, ballet foi. E acho que foi de vez. Digo, de fazer aula em escola bonitinho, se apresentar no fim do ano e etc.

Não minto, eu procurei aulas de ballet esse ano. Os meus horários de trabalho são bem misturados, e foi beeeem difícil achar ballet 1. para adultos, 2. de nível intermediário, 3. num horário que eu consiga fazer, 4. num preço que eu possa pagar. Todos os que eu encontrei preenchiam só duas (às vezes, só umazinha) dessas exigências, heheh. A que chegou mais perto foi no meu antigo estúdio, que eu não queria voltar, mas estava caríssimo.

Na mesma época que procurei ballet, soltei um POR QUE NÃO? e procurei por tango também. E, no mesmo dia que eu fui fazer aula experimental de um, fiz do outro.

Olha, gente, a aula de ballet foi muito boa. Mas não superou a novidade.

Eu simplesmente AMEI a aula de tango! Amei amei amei. Fiz minha inscrição no mesmo dia e já fui atrás do sapato de saltinho!

Estou fazendo aulas desde o meio de Maio. Duas horas por semana, bem mais barato, em horário tranquilo pra mim. O probleminha era que a turma já estava em nível intermediário quando entrei. Deixaram eu ficar porque era o único mesmo que eu conseguiria (ou era nesse ou era nada em lugar algum!!), e porqur o prof disse que eu conseguiria pegar rápido. Vai saber se ele falou só pra me animar, hahahah

Daí, esse mês entraram mais iniciantes, senhoras mais velhas, e a turma foi dividida. Quem era intermediário mesmo (todo mundo menos eu HAHAHAHA) foi pra turma avançada, na quinta, e os iniciantes ( e eu) ficamos na terça. Agora, aulas de uma hora e meia, uma vez por semana.

Comecei a achar pouco.

Mas, segura essa: depois da aula de tango, tem aula de dança de salão. Tem vários ritmos. Praticamente todo mundo da turma faz essa aula, e eu fui chamada diversas vezes pelo prof pra participar.

GENTE

QUE

DELÍCIA

DE AULA

Eu já fiz soltinho (adoro), bolero, forró, cha cha e samba de gafieira (que eu não gosto muito). É uma turma cheia, gente de todo o tipo. A aula é tão pra cima! Sério! Muito divertida, ninguém se cobra tanto se errar ou se pisar no pé do parceiro (ou do casal ao lado, culpada!). Não tem como ficar triste nessa aula.

Me apaixonei tanto que me inscrevi nela também. Como eu vou fazer só na terça, o dia do tango, ganhei um descontão e ainda tá tranquilo de pagar!

E sabe o que notei? O dia da bailarina foi ontem, vi todo mundo postando foto de bailarina, de aula, de espetáculo e Não Senti Aquele Aperto por náo fazer aulas mais. Não me senti mal.

Como a Cássia disse no post dela sobre a bailarina na Broadway, às vezes a gente tá insistindo num estilo que não é o nosso. Dá uma chance pro saltinho, amiga. Pro sapato com tachinhas. Pro tênis. Vai que Aquele Aperto passa?


Só isso mesmo! Escrevi rapidinho porque estou sem tempo, depois coloco fotos e links bonitinhos!


próximo post é sobre as diferenças e semelhanças entre os ballet e tango

23

Hoje, faço 23! Muitos aniversários já que eu passo longe das aulas, mas, da dança, JAMÉ!! Nunca deixei de pirar ouvindo música clássica, hahaha, e espero nunca deixar!

Meu presente é The Concert, um dos meus ballet favoritos da vidaaaaa, e que provavelmente já me dei de aniversário. mas a regra é não ter regra aqui.

Porque essa seria eu num concerto……… se me dessem espaço.

Qual o seu propósito?

Há tempos venho questionando. Por que eu danço? E a resposta vem logo: “ora, porque me faz bem”. Mas… por que me faz bem?

 

Por que você dança?

Ficam feliz por simplesmente dançar, ou seja, se mexer? Ou fica feliz por executar corretamente um passo? Ou os dois?

Você gosta de se expressar através dos movimentos?

Você fica feliz por fazer parte de um grupo? Pela conexão? Fica feliz em seguir regras que, muitas vezes, são mais antigas que nós?

Você gosta dos figurinos, da magia, da adrenalina do palco? Ou você gosta a rotina do estudo em aula?

Você dança pra se sentir livre? Sagrada? Profana?

Ou tudo isso junto?

 

Provavelmente, dá pra explicar porque gostamos de dançar através de reações químicas no cérebro. Ou como comportamento social.

Mas por que nós, especificamente? Nós indivíduos. Você que lê este blog, e eu, que o escrevo. A mocinha que estuda contigo. Sua professora.

Pode ser algum dos motivos listados. Pode ser outro. Pode ser nada disso.

 

Mas, escrevendo este texto, a pergunta que mais se grava na minha mente é

Por que precisa ter explicação?